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Foto do escritorTâmara Rolim

comece a se motivar por amor!

Acho que esse post chega aqui no blog quase como um desabafo. Ao longo da minha carreira como Nutricionista tenho atendido todo tipo de paciente, com os mais variados históricos alimentares, mas se tem uma coisa que é quase unânime entre eles é o nível de crítica quanto ao corpo e a crença constante que para emagrecer precisa ser rápido e com uma dieta restritiva. Quantas vezes eu ouvi: "Nutri, não comi tudo que você colocou no café da manhã por que acho que eu vou engordar!" E preciso de todo um jogo se cintura para explicar que precisamos nutrir esse corpo que está gritando por socorro, pois um corpo desnutrido e sem as ferramentas básicas para produzir hormônios, gerar comunicação entre os sistemas, alimentar bactérias da microbiota e gerar energia - NÃO EMAGRECE! E digo mais, magreza não é sinônimo de saúde. Corpos livres e funcionais, são!


Mas eu entendo, que esse nível de crítica pode ser a única maneira que acreditamos ser a correta para nos motivar a atingir nossos objetivos de perda de peso. Internalizamos uma voz autoritária que aprendemos ao longo da vida. Presumimos que ser duros conosco é o que nos aproxima da saúde. E é possível pensar, com facilidade, que se não fosse isso, nunca começaríamos um processo de perda de peso!


Mas veja, não estou aqui desabafando para repreender você de forma alguma, esse papel você já desempenha com maestria. Esse post é um alerta de que talvez você esteja precisando de uma boa dose de autocuidado e amor próprio. Por que esse ciclo de críticas pode ser um dos maiores obstáculos para seus objetivos e você nem suspeitava disso! Quer ver como?


Ser duro consigo mesmo coloca seu corpo em um estado de ansiedade, o que aumenta os hormônios do estresse, como o cortisol, e leve o corpo a desejar alimentos processados cheios de açúcar e gorduras saturadas, armazenar gordura e suprimir a produção de progesterona. Esse mesmo estado de ansiedade impede uma boa noite de sono reparador. E isso gera um ciclo infinito, levando a mais estresse. Outro ponto importante da alta de cortisol é que mesmo você resistindo aos desejos de comer algo que seu corpo implora, o próprio hormônio do estresse impede a "queima de gordura". E tem como piorar, além de nos fazer armazenar gordura, o cortisol alto ainda depleta massa magra, fazendo o metabolismo dizer TCHAU, MAMI!

Outro ponto importante a ser destacado é que a rigidez de padrões alimentares restritivos, como a ideia que é necessário comer menos do que está sendo passado no plano, pode gerar episódios de compulsão. Temos aí mais um ciclo, pois o sentimento de falha gera vergonha e sensação de fracasso que são suprimidos com mais comida. Logo, você se pune com restrição. E, veja, não estou falando de um transtorno alimentar em que o indivíduo se priva de comer por dias. O quadro aqui pode ser exemplificado de várias formas, veja se você se identifica: após exagerar você decide que no dia seguinte vai começar tomando um suco verde pela manhã, comendo só uma salada no almoço e ficará sem jantar.


E quanto ao ciclo do ódio? É notável que uma pessoa que se ama quer se cuidar muito bem. Ser duro consigo mesmo faz com que você odeie seu corpo porque seu cérebro se apega à essas crenças e critica às imperfeições, ao invés de apreciar e abraçar a realidade. É comum ficar preso ao passado e remoer os erros cometidos ou planejar demais e se preocupar com o futuro, quando você emagrecer.

Lendo essas linhas, você pode ter se identificado com muitas das coisas que falei e é inevitável você se perguntar qual é a resposta. Bem, a resposta que tenho é: comece a se motivar por amor, não por medo. Medo de estar fora dos padrões, medo de estar acima do peso, medo de não estar com uma aparência "agradável" para os outros. Comece a amar quem você é, com todos os defeitos estéticos que você acha que tem! Seja compreensivo com suas falhas, perdoe-se, seja empático e tolerante e o mais importante, comemore as conquistas. E falo aqui sobre conquistas diárias do tipo: hoje consegui comer uma fruta no horário proposto, programei a semana com as refeições que quero preparar, organizei a geladeira para achar mais facilmente os alimentos que preciso comer (leia esse post aqui - pode te ajudar a organizar), fiz alongamento ao acordar e tive um dia com mais disposição...


Isso é autocompaixão! Se você está hesitante em ser mais amoroso consigo mesmo, considere o seguinte: quando aprendemos a nos relacionar conosco com compaixão, tememos menos os erros e somos capazes de correr os riscos de que precisamos para crescer. O perfeccionismo (e ser duro conosco) preocupa, deprime e paralisa; enquanto a autocompaixão conforta, energiza e fortalece.


Se você precisa de ajuda para começar esse processo de autocuidado, procure um Nutricionista!

Estou à disposição para ajudar você!

Marque sua consulta pelo whatsapp +55 61 9 98220051.

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